Quella
che segue, divisa in quattro parti, è una panoramica sulla produzione
editoriale della musica popolare in Brasile: l’inizio della costruzione
di una bibliografia essenziale di musica brasiliana. Divulgando questa
piccola guida, la Amar-Sombrás
(Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes - Sociedade Musical
Brasileira) intende collaborare e incentivare i ricercatori rivolti a
questo obiettivo.
Anni
Quaranta
Per quanto poco si sia scritto sulla musica popolare urbana, la produzione di materiali su cultura popolare e tradizioni brasiliane è abbastanza ragguardevole. Nel 1940 il Dip pubblica il lavoro di Villa-Lobos su sull'importanza della musica nazionalista di Getúlio Vargas. Nello stesso anno Arthur Ramos lancia "O Negro Brasileiro", con un capitolo su danza e musica del candomblé. Nel 1942 Renato Almeida pubblica la sua seconda edizione della "Historia da Música Brasileira", riveduta e ampliata. Mário de Andrade lancia nel 1941 due studi intitolati "Música do Brasil", editi a Curitiba. Dalla fondazione Academia Brasileira de Música di Villa-Lobos nel 1945 sono pubblicati vari lavori sulla musica erudita in particolare su Villa-Lobos, Lorenzo Fernandes, Francisco Mignone. La Escola Nacional de Música attraverso la sua collana sul folclore stampa vari lavori nel 1943/44. Nel 1945 Raimundo Nina Rodrigues pubblica per la Cia - Editora Nacional Os Africanos no Brasil dedicando un capitolo alla danza e uno alla musica. Renato Almeida lancia nel 1948 una edizione riveduta e ampliata del "Compêndio de História da música brasileira". Esce anche la terza edizione di "Festas e Tradições Populares do Brasil", di Mello Moraes figlio. Il centro di ricerche sul folclore Mario de Andrade di San Paolo pubblica vari lavori in particolare su jongo, congadas, moçambiques, folia do Divino e altre tradizioni musicali brasiliane. In Portogallo nel 1945 esce "História breve da música no Brasil", di Gastão de Bettencourt. Altri lavori importanti del decennio:
- "Antologia do carnaval", coordinato da Wilson Lousada, 1945
- "Compêndio de História da Música" - Mario de Andrade, 1942
- "Música popular brasileira" - Oneyda Alvarenga, 1947
Anni Cinquanta
Il Centro di ricerche sul folclore della Scuola nazionale di musica stampa vari lavori di Luiz Heitor Corrêa de Azevedo. Nel 1950 esce la nuova edizione di "Música popular brasleira" di Oneyda Alvarenga. Nello stesso anno esce la "Antologia do negro brasileiro", coordinata da Edison Carneiro, Mário de Andrade e Manuel Diégues Júnior, in particolare incentrate sulle tradizioni musicali pauliste e nordestine. Nell'agosto 1954 si tiene il Congresso internazionale sul folclore. Nella seconda metà della decade la produzione di libri sulla musica, marcatamente quella popolare, sarà abbastanza sensibile. Jaci Pacheco pubblica "Noel Rosa e sua época" nel 1955 e "O Cantor da Vila" nel 1958. Piccola biografia su Patápio Silva nel 1953, di Cícero Menezes. Nel 1954 esce la nuova edizione dei "Cantos Populares do Brasil" di Sylvio Romero, con note di Câmara Cascudo. E' pubblicata la "Revista de Música Popular" di Lúcio Rangel. Altri titoli editi nel decennio:
- "Zequinha de Abreu: vida artística e boêmia", Ayres da Cruz/Luiz Schiliro, 1950
- "Música e Músicos do Brasil", Luiz Cosme, 1950
- "A Vida de Vicente Celestino", 1951 di Gilda de Abreu.
- "Bibliografia musical brasileira" (1820-1950) di Luiz Heitor, Mercedes - Reis Pequeno e Cleofe Person de Mattos, 1952
- "Carmen Miranda, vida, glória, amor e morte" - Queiroz Junior, 1955
- "150 Anos de música no Brasil" (1800-1950), Luiz Heitor C. de Azevedo, 1956.
- "As canções na vida de Vicente Celestino", di Gilda de Abreu, 1956.
- "Dicionário Musical" - Luiz Cosme (della Academia Brasileira de Música), 1957
- "História do carnaval carioca" - Eneida, 1958
- "A canção brasileira" (músicos eruditos e populares) - Vasco Mariz, 1959
- "Perfil de Caubi Peixoto", di Flor da Noite (?) em 1959.
Anni Sessanta
All'inizio della decade sono pubblicati due libri fondamentali: "Sambistas e chorões" di Lúcio Rangel, nel 1962, e "No Tempo de Noel Rosa", da Henrique Foréis Domingues, o Almirante, nel 1963. Nel 1962 si stampa la "Carta do Samba", edita dal Congresso nazionale del samba. Ary Vasconcelos, parallelamente al suo lavoro di critico di musica popolare iniziato nel 1955 sulla rivista "O Cruzeiro" debutta anche con un libro, "Panorama da Música Popular Brasileira", in due volumi, nel 1964. Altro debuttante: José Ramos, detto Tinhorão, con "Música Popular": un tema a dibattito, nel 1966, e poi pubblicato sul Jornal do Brasil come "Contribuição à Bibliografia da Música Popular Brasileira", con cui iniziò le sue ricerche sull'argomento. Sarà un decennio abbastanza abbondante di volumi sulla musica popolare. Eccone un elenco essenziale:
- "Ensaio sobre a música brasileira", Mario de Andrade, 1962.
- "Música, doce música", Mario de Andrade, 1963
- "Música de feitiçaria no Brasil", Mario de Andrade, 1963
- "A Modinha e o Lundu do século 18", una ricerca storica e bibliografica - Mozart de Araujo, 1963 com riproduzioni di partiture.
- "Esses populares tão desconhecidos", Bricio de Abreu, 1963.
- "Adagiário musical brasileiro", Gumercindo Saraiva, 1963
- "Antologia da Canção brasileira", Gumercindo Saraiva, 1963
- "Aspectos da Música Brasileira", Mario de Andrade, 1965.
- "Dicionário Biográfico de Música Popular" - Sylvio Tullio Cardoso, 1965.
- "O Carnaval carioca através da música" - Edigar de Alencar, 2 volumes, 1965.
- "Ameno resedá, o rancho que foi escola" - Jota Efegê, 1965.
- "Carnaval carioca e outros flagrantes do Rio", Martins Gomes, 1965
- "Poesias completas de Laurindo Rabelo, o Lagartixa" - Antenor Nascentes, 1965
- "Historinha do desafinado", Ramalho Neto, 1965
- "A música na cidade do Rio de Janeiro", Silvio Solema G. Ribeiro, 1965.
- "Chico Viola", David Nasser, 1966
- "A vida trepidante de Carmen Miranda", David Nasser, 1966
- "Do modernismo à bossa nova", Jomard Muniz de Britto, 1966
- "Francisco Manoel da Silva e seu tempo" - 1808-1865 - Ayres de Andrade, 1967
- "A modinha cearense", Edigar de Alencar, 1967
- "Ernesto Nazareth na música brasileira" - Baptista Siqueira, 1967.
- "A canção popular brasileira em 3 tempos", Gumercindo Saraiva, 1968
- "Nosso Sinhô do Samba" - Edigar de Alencar, 1968.
- "Sua excelência o samba", Henrique Losinskas Alves, 1968
- "Cinquenta anos de samba", Lúcio Rangel, 1968 (editado pela Pirelli)
- "Balanço da Bossa", Augusto de Campos, 1968
- "Música popular Brasileira", Claribalte Passos, 1968
- "3 vultos históricos da música brasileira", Baptista Siqueira, 1969.
- "Chacrinha é o desafio", Abelardo Barbosa, 1969
- "Escolas de samba em desfile" - Amaury Jório e Hyram Araújo, 1969.
- "O samba agora vai... a farsa da música popular no exterior" - JR Tinhorão, 1969
- "Memórias do Café Nice: subterrâneos da música popular e da vida boêmia do Rio de Janeiro" - Nestor de Holanda, 1969
- "História Social do Frevo", Rui Duarte, 1969.
Anni Settanta
Anche questo un decennio ricco di pubblicazioni da parte di Tinhorão e Ary Vasconcelos. Il Museo dell'immagine e del suono di Rio de Janeiro pubblica la sua raccolta di scritti intitolata "As Vozes desassombradas do museu: Pixinguinha, Donga e João da Bahiana" con prefazione di Ricardo Cravo Albin. Sérgio Cabral pubblica nel 1974 "As escolas de samba: o que, quem, como e por que". Esce la "Enciclopédia da música brasileira erudita, popular e folclórica" per i tipi della Art Editora, nel 1972, il lavoro più esteso mai realizzato fino a quel momento. Sotto la supervisione di Ary Vasconcelos sono ristampati dalla Funarte nel 1978 "O Choro", di Alexandre Gonçalves Pinto (1936), "Na Roda do Samba", di Vagalume (1933), "Chiquinha Gonzaga", di Mariza Lira (1939) e "Samba", di Orestes Barbosa (1933). Vasconcelos pubblica anche "Panorama da música popular brasileira na Belle époque" nel 1977.
Elenco essenziale di libri usciti nel decennio:
- "Ary Barroso, um turbilhão", Dalila Luciana, 1970
- "A pioneira Chiquinha Gonzaga", Geysa Boscoli, 1971
- "Música popular, de índios negros e mestiços" - JR Tinhorão, 1972
- "Música popular, teatro e cinema" - JR Tinhorão, 1972
- "Vultos e temas da música brasileira", Claribalte Passos, 1972.
- "Rock, o grito e o mito" - Roberto Muggiati, 1973
- "Música popular e comunicação", C.A. Medina, 1973.
- "Maxixe, a dança excomungada" - Jota Efegê, 1974 (vi è stato un tentativo da parte di Hermínio Bello de Carvalho di pubblicare la seconda parte di questo libro con Funarte. Gli originali - inediti - ssssssno stati donati alla Biblioteca nazionale).
- "Rio Musical 1894-1974 - orquestras em desfile e pequenos conjuntos", Homero Dornellas, ed. do autor, 1974
- "O palácio do samba", Maria Julia Goldwasser, 1975
- "Heitor Villa-Lobos e o violão", Turíbio Santos, 1975.
- "Natal, o homem de um braço só", Amaury Jorio e Hiram Araujo, 1975.
- "A história do jogral", Marcus Pereira, 1976.
- "Música popular: os sons que vem da rua" - JR Tinhorão, 1976
- "História da música brasileira, dos primórdios ao início do século 20", Bruno Kiefer, 1976.
- "Do batuque a escola de samba", J. Muniz Jr., 1976.
- "Música Popular Brasileira", Zuza Homem de Melo, 1976.
- "O Som do Pasquim, entrevistas de MPB" coord. di Tárik de Souza, 1976.
- "Bastidores do Rádio", Renato Murce, 1976.
- "A modinha e o lundu" - Bruno Kiefer, 1977
- "Escola de samba, ritual e sociedade", José Savio Leopoldi, 1977.
- "Música popular, de olho na fresta", Gilberto Vasconcelos, 1977.
- "O coro dos contrários: a música em torno da semana de 22", José Miguel Wisnik, 1977.
- "As escolas de samba", Erika Franziska Herd e Ary Araujo, 1978.
- "Pequena história do samba", Sergio Cabral, 1978.
- "Escola de samba, árvore que esqueceu a raiz", Candeia e Isnard, 1978
- "Samba e resistência", Ismael Silva e Luiz Fernando de Medeiros, 1978.
- "Carmen Miranda, a cantora do Brasil", A. Cardoso Jr., 1978
- "X9, escola pioneira", J. Muniz Jr., 1978.
- "Música popular brasileira e moderna poesia brasileira", Afonso Romano de Sant'anna, 1978.
- "O Fabuloso e harmonioso Pixinguinha", Edigar de Alencar, 1979
- "Anos 70: música popular", José Miguel Wisnik e Ana Maria Bahiana, 1979.
- "ABC do Sérgio Cabral", Sergio Cabral, 1979.
- "Tropicália, alegoria alegria", Celso F. Favaretto, 1979.
- "Waldemar Henrique, compositor brasileiro", Ronaldo Miranda, 1979.
- "Samba, o dono do corpo", Muniz Sodré, 1979.
- "Rostos e gostos da música popular brasileira", Tárik de Souza e Elifas Andreato, 1979.
Egeu
Laus è designer grafico e ricercatore di musica e cultura popolare.
Collabora a numerose riviste culturali brasiliane ed è autore di ricerche
storiche sulla cachaça e sulla caricatura in Brasile.
(Continua
- Le prime due puntate sono state pubblicate sui numeri di gennaio e
febbraio e consultabili alla sezione "Archivio").
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