L'ITALIA IN BRASILE A San Paolo un'oasi di Italia che non c'è più Cortesia e opulenza al Circolo italiano, simbolo e orgoglio della
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"L'Italia in Brasile" è una rubrica aperta al contributo di tutti gli italiani che vivono o hanno vissuto in Brasile. Inviateci commenti, suggerimenti, segnalazioni, notizie al seguente indirizzo: italia-in-brasile@musibrasil.net
Nel
cuore della città di San Paolo, all´angolo tra “Avenida São Luiz” e
“Avenida Ipiranga” sorge il famoso Edificio Italia. Il grattacielo non
solo è il più alto tra i tanti che la città vanta, ma è anche simbolo
e orgoglio della comunità italiana Nel
suo grande ufficio Cappellano, che è ingegnere, mi parla di questa
istituzione, fondata nel 1911 in
un momento in cui lo spirito di italianità era molto sentito. «L´italiano emigrante – osserva - sentiva la necessità di
riunirsi, di creare, di prosperare, di dare qualcosa Nel
corso della sua lunga storia, il circolo ha occupato diverse sedi. La
prima in “Rua Boa Vista, 85”, un semplice spazio a pianterreno con
piccoli locali e semplice Purtroppo
negli Anni ´40 lo scenario cambia. Poiché l´Italia era nemica di guerra
del Brasile, nel 1942 l´Assemblea Generale di San Paolo approvò la
sospensione temporanea delle attività del Circolo. Soltanto nel 1950 il
governo brasiliano concedette un nuovo permesso perché l´associazione
potesse riprenderle. «Al Circolo italiano fu ceduto
il 17 per cento del compendio immobiliare – continua Cappellano -: noi
abbiamo le maggiori quote proprietari avendo dato in cambio il terreno
durante l’acquisto. Con la quota rimanente abbiamo comprato la palazzina
occupata attualmente
Attualmente
il Circolo possiede due sedi. Quella sociale che si trova nell´Edificio
Italia e quella campestre nel quartiere “Campo Limpo”. La prima offre
agli associati sala giochi, sala di televisione, salone per balli e feste,
bar, spazio per mostre Dando
un’occhiata al calendario, sembra che gli italiani di San Paolo non si
facciano infatti scappare alcuna ricorrenza: in agenda trovano spazio
avvenimenti tradizionali come la festa della befana, quella delle donne, l´anniversario
del Circolo che cade il 13 aprile, e poi le mamme, la festa della
Repubblica, quella junina (eccezione brasiliana che conferma la regola),
la primavera e persino la sfilata di moda, il tè delle signore, il
torneo di tennis, e via enumerando. L’unico problema sembra essere
quello Ciò
che abbiamo potuto avvertire durante il nostro pomeriggio trascorso presso
la sede sociale del Circolo è che al suo interno si respira un´aria di
italianità senza eguali, come la si può respirare soltanto a 10mila
chilometri dal nostro paese, senza tuttavia tralasciare amore e rispetto
per quello ospitante, il Brasile. «Quando
Prodi è stato nostro ospite - racconta Cappellano - sua moglie chiedeva
alla mia
Circolo Italiano di San Paolo
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A
ITÁLIA NO BRASIL Em São Paulo um oásis de Itália que não existe mais Cortesia e opulência no Circolo Italiano, símbolo e orgulho da
por Ana Paula Torres
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No
coração da cidade de São Paulo, na esquina entre “Avenida São Luiz”
e “Avenida Ipiranga” surge o famoso Edifício Itália. O arranha-céu
não é somente o mais alto entre os tantos que a cidade ostenta, mas é
também símbolo e orgulho da comunidade italiana local, além de ser meta
de inúmeros turistas que podem admirar um sugestivo panorama sobre a metrópole
sul-americana de vanguarda através do terraço localizado no último
andar. Os dois primeiros níveis deste enorme prédio de inconfundível
arquitetura hospedam o imenso e luxuoso Circolo Italiano. Uma presença
desproporcionada? Não exatamente, considerado que a comunidade italiana
representa uma das mais numerosas no exterior (não se conhece exatamente
a grandiosidade, já que os dados fazem referência a
300 mil passaportes italianos expedidos
pelo Consulado, mas também é necessário levar em consideração a
presença de tantos oriundos que ainda não obtiveram a cidadania
italiana), tanto que se costuma dizer que São Paulo é a maior
cidade italiana fora das nossas fronteiras. Em uma tarde chuvosa do final
de janeiro, tivemos a oportunidade de entrevistar Giuseppe Cappellano,
presidente do Circolo, e de nos documentar sobre a história do maior símbolo
de italianidade presente na cidade e talvez em todo o Brasil. Em
seu grande escritório, Cappellano, que é engenheiro, fala-me desta
instituição, fundada em 1911 em um momento em que o espírito de italianidade era muito sentido.
«O italiano emigrante – observa - sentia a necessidade de se reunir, de
criar, de prosperar, de dar alguma coisa a este país maravilhoso. É
impressionante constatar através dos anais do Circolo de 1915, que nós
conservamos, como o espírito de italianidade desses italianos emigrantes
estava presente no estatuto, segundo o qual, todos os sócios deveriam
dirigir-se à Itália para defender o seu país nos tempos da Primeira
Grande Guerra. E que seriam excluídos do Circolo se não tivessem
cumprido com o seu dever de cidadãos italianos residentes no exterior. Um
dever, mas também um ato de amor em relação à Itália que tinham
abandonado. É impressionante – persegue Cappellano - ler nos anais de
1918 os nomes de muitos desses rapazes que tinham participado da primeira
guerra e ler ao lado dos seus nomes a escrita “morto”. Tinham dado o
sangue pela sua Pátria e entre esses, também estava o filho do
presidente do Circolo Italiano daquela época». No
decorrer da sua longa história, o Circolo ocupou diversas sedes. A
primeira, na “Rua Boa Vista, 85”, um simples espaço no andar térreo,
com pequenas salas e decoração simples. Depois de quatro anos, a associação
se transferiu para a “Praça da Sé”, junto ao “Palácio da Previdência”,
que naquele tempo era uma das construções mais elegantes da cidade. Em
1924, o sodalício adquiriu um palacete na “Rua São Luiz”, que
poderia hospedar os próprios sócios mais comodamente, que enquanto isso
continuavam aumentando. Mas a atividade no novo endereço teve início
somente em 1925, após um longo período de trabalhos de modificação e
restaurações. Aquelas de caráter sócio-cultural eram em grande
crescimento e a comunidade italiana de São Paulo sentia sempre mais
admiração e simpatia pelo Circolo. Infelizmente
nos anos 40, o cenário muda. Dado que a Itália era inimiga de guerra do
Brasil, em 1942 a Assembléia Geral de São Paulo aprovou a suspensão
temporária das atividades do Circolo. Somente em 1950, o governo
brasileiro concedeu uma nova autorização para que a associação pudesse
retomá-las. Foram necessários diversos meses para a reforma do palacete
e a retomada dos primeiros encontros sociais que no pós-guerra iniciaram
em 1952. Em 1953, depois da extensão do projeto, que ocupou vários meses
de trabalho, foi assinado o contrato para a realização de um moderno prédio
no lugar do atual palacete, sobre um terreno que dava para a “Rua São
Luiz”, e que se tornaria o atual Edifício Itália. Durante aqueles
meses, o Circolo Italiano se transferiu à “Rua Conselheiro Crispiniano”,
aonde foram promovidas importantes atividades, como as festividades pelos
400 anos da cidade de São Paulo e uma grandiosa Mostra de pintura
italiana. Dado que os trabalhos para a construção do Edifício Itália
encontravam-se lentos e ao mesmo tempo era necessário dar ao Circolo uma
sede ampla e adequada, em 24 de novembro de 1958, foi aprovada a compra do
palacete na “Avenida Higienópolis, 436”, sede atual do Consulado
geral da Itália. Neste novo espaço, as atividades associativas tornaram
em ritmo total com jantares regionais, festa da Befana, festividades patrióticas,
culturais e beneficentes. Em 21 de abril de 1966, o Edifício Itália foi
inaugurado e o Circolo passou a ocupar os dois primeiros andares do mais
alto arranha-céu de São Paulo. «Ao
Circolo Italiano foi cedido 17
por cento do compêndio imobiliar – continua Cappellano -: nós temos as
maiores quotas proprietárias tendo dado o terreno em troca durante a
compra. Com a quota restante compramos o palacete ocupado atualmente pelo
Consulado, que antes era situado em uma sede mísera e inadequada próximo
à “Praça Osvaldo Cruz”. Nós o cedemos em forma de comodato,
certamente muito a favor do Consulado, que se hoje pode ostentar uma sede
digna, deve ao Circolo Italiano que sempre deu a favor da Itália». Em
abril próximo se festejará o 92° aniversário de fundação do
Circolo Italiano de São Paulo. Durante essas décadas, a família cresceu
e hoje conta cerca de 700 sócios que somados as suas famílias chegam à
cerca de 2.500 visitantes mais ou menos habituais. O Circolo nasce como
associação voltada à coletividade italiana, mas segundo Cappellano
recebe com generosidade hóspedes de qualquer nacionalidade ou religião.
O objetivo é de manter o nome da Itália vivo e respeitado através de
tradições, da prática da língua italiana e do relacionamento entre os
italianos residentes em São Paulo. Atualmente o Circolo possui duas sedes. Aquela social que se encontra no Edifício Itália e aquela de campo no bairro “Campo Limpo”. A primeira oferece aos associados sala de jogos, sala de televisão, salão para bailes e festas, bar, espaço para mostras de arte, uma biblioteca com cerca de 4 mil volumes e uma cineteca com centenas de filmes. Hospeda um restaurante bastante freqüentado que é considerado um dos melhores de São Paulo e é aberto ao público. Os não sócios podem também se inscrever nos cursos de língua italiana que alcançam uma capacidade média de 200 alunos. A sede de campo, fundada em 15 de novembro de 1977, é um verdadeiro clube com campos esportivos, piscinas, sauna, restaurante, bar, playground, sala de jogos, sala de televisão e ampla área verde. «Dizem que é um dos círculos italianos mais bonito do mundo – observa Cappellano -. Vi o presidente da República dizer: “que maravilha!”. De fato, Ciampi veio nos visitar; o mesmo Prodi, e D´Alema passou daqui duas vezes. Todos os italianos em visita a São Paulo em geral passam ao Circolo, talvez porque aqui não existem regionalismos, sendo assim uma associação de todos os italianos. As nossas atividades são principalmente sociais ». Dando
uma olhada no calendário, parece que os italianos de São Paulo de fato não
deixam escapar nenhuma data: na agenda encontram espaço acontecimentos
tradicionais como a festa da Befana, aquela das mulheres, o aniversário
do Circolo que cai no dia 13 de abril, e depois as mães, a festa da República,
aquela junina (exceção brasileira que confirma a regra), a primavera
e por fim o desfile de moda, o chá das senhoras, o torneio de tênis, e
segue enumerando. O único problema parece ser aquele que os jovens não
aparecem quase nunca por esses lados. De fato, o freqüentador médio
é “maior de 50”. «Os jovens não freqüentam – se lamenta Cappellano – talvez porque
à noite preferem ir aos bares. Aqui faltam os jovens, e os anciãos
envelhecem sempre mais. Sobretudo na sede de campo vemos crianças que são
filhos ou netos dos nossos associados, mas os jovens de 18 anos vão às
discotecas deles. Estamos criando uma sala com jogos eletrônicos para ver
se conseguimos trazer algum jovem e habituá-lo a freqüentar o Circolo.
Porque temos um patrimônio a nossa disposição, e se dividimos o nosso
patrimônio pelo número de associados se conclui que se trata da associação
mais rica de São Paulo. Um
patrimônio enorme e auto-suficiente. Nunca
tivemos ajuda de ninguém, sequer do governo, nada nunca. Pelo contrário,
demos sempre! O Circolo recebe e abre as suas salas a deputados e
senadores, os recebe amavelmente porque faz parte do nosso espírito de
italianos. Também dispomos do Teatro Itália que, porém é alugado a
outros e não é gerenciado por nós. Temos três andares de escritórios,
estes também alugados. Todos os funcionários do Circolo são nossos e
estão conosco há 30-40 anos. Como presidente há 12 anos, nunca vi um
funcionário sair do Circolo. Conseguimos construir um patrimônio
e gerenciá-lo com equilíbrio. Temos
uma contribuição mensal dos associados com uma quota entre as mais
baixas de São Paulo, porque tudo rende e nos permite de manter o Circolo.
Aquilo que pudemos constatar durante a nossa tarde passada junto à sede social do Circolo é que no seu interior se respira um ar de italianidade inigualável, como se pode respirar somente a 10 mil quilômetros do nosso país, todavia, sem esquecer o amor e respeito por aquele hospedeiro, o Brasil. «Quando Prodi foi nosso hóspede - conta Cappellano – sua esposa perguntava à minha porque desejávamos tanto o voto dos italianos no exterior. Nós o desejávamos porque a final de contas os direitos dos italianos são iguais em todos os lugares. Qual é a diferença? A residência, talvez? Amanhã eu poderia voltar no meu país e continuar sendo cidadão italiano. Os filhos dos italianos no Brasil, os netos, os seus descendentes não são somente brasileiros, mas continuam sendo italianos. Porque o povo brasileiro não o faz sentir estrangeiro. O brasileiro é cheio de afeto, de “carinho” como se diz no Brasil. Nunca me disseram: “você é um estrangeiro”. Você continua se sentindo italiano e ao mesmo tempo brasileiro - conclui Cappellano -. Brasileiro por vínculos de família, por compromissos de trabalho e de vida, porque você escolheu viver no Brasil. Em suma, você é italiano por condição e brasileiro por decisão. Em relação aos estrangeiros o Brasil é muito mais humano do que os Estados Unidos».
Localização:
Esquina da Avenida São Luiz com a Ipiranga, 344
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