(em
portugues)
Il guaranà è una pianta amazzonica che cresce spontanea nel nord del Brasile, nel Venezuela e Colombia. L'etimologia del nome deriva da
wara-nà che in Tupì significa "albero che si appoggia a un altro albero". Si tratta di una pianta robusta che può raggiungere i dieci metri di altezza e che si sviluppa appoggiandosi agli alberi vicini, senza pregiudicarne lo sviluppo. Il guaraná, questa pianta rampicante della famiglia delle Sapindacee, il cui nome scientifico è Paulinia Cupania, ha frutti piccoli, rotondi e rossi che somigliano a piccole castagne e contengono semi di colore marrone scuro.
Prima di Von Martius che la studiò nel 1826, furono gli indios Maués a scoprirne le proprietà
e a inventare il modo di utilizzarla. Infatti ne raccoglievano i frutti, estraevano i semi dalle valve che li racchiudevano e dopo averli tostati a fuoco lento, li trituravano con grandi pestelli di legno; poi, con l'aggiunta di acqua preparavano bastoncini che, per meglio
conservare, mettevano nel fumeiro, una piccola stufa rudimentale, per trenta giorni.
Per le sue molte proprietà terapeutiche la Paullinia è considerata una delle più preziose piante medicamentose della natura: produce un benessere generale, rinfresca
in modo salutare l'organismo, aumenta la resistenza agli sforzi mentali e muscolari; produce maggiore rapidità e chiarezza di pensiero, ritarda i sintomi della fatica e tonifica il cuore, stimola le funzioni organiche, abbassa la temperatura corporea, etc.
Di sapore amarognolo e leggermente acidulo, è anche un depurativo del sangue e disintossicante dell'intestino. Il guaranà può essere usato per prevenire e
combattere diarrea e stitichezza, svolgendo anche un'azione disinfettante contro le fermentazioni intestinali.. Preventivo contro i disturbi della vecchiaia, è un eccellente tonico
geriatrico, ausiliare nella profilassi dell'arteriosclerosi. Utile nelle depressioni nervose, non provoca insonnia, né agitazione ed è,
da alcuni, considerato leggermente afrodisiaco.
"Non illudetevi, però: non si tratta di quello che trovate nei bar in Brasile. Il vero guaranà lo si trova in polvere o in bastoncini ed in questo
caso dovrà essere grattugiato con una lingua di pirarucù (il baccalà dell'Amazzonia) e la polvere ottenuta dovrà essere dispersa in un liquido,
per essere ingerita. Com'era da immaginare, anche in questo caso gli indios hanno prodotto una propria storia per spiegare la "nascita" dell'elisir della lunga
vita. Eccola qui di seguito.
"Tanto tempo fa viveva nella tribù degli indios Maues - la più prospera della
Munducurucania - una coppia senza figli che pregava costantemente il
dio Tupã, perché completasse la loro felicità con un bambino. Passavano le stagioni delle piogge a pregare e pure durante le notte di luna piena, loro
insistevano. Un bel giorno Tupã, riconoscendo che la coppia era piena di buona volontà decide di accogliere la loro richiesta mandandoli un bel
curumin (bambino).
Quella nascita coincide con una serie di eventi positivi. Come risultato la tribù inizia ad attribuire il proprio benessere alla presenza del
curumin, di conseguenza gli dedicano le più grandi attenzioni: a pesca la sua canoa era
accompagnata da altre con abili pescatori
che lo allontanavano dalle acque infestate dai piranha e dai coccodrilli; a caccia esperte guide lo proteggevano dai nidi di ragni e serpenti pericolosi, e così via.
Un giorno, tuttavia, Jurupari, lo spirito del male, riuscì a eludere la vigilanza
e, trasformatosi in un serpente a sonagli, morse mortalmente il bambino. La
triste notizia si sparse immediatamente. La foresta venne coperta da tuoni e forti lampi caddero sul villaggio
indigeno. La madre che piangeva disperatamente capì che tutto questo trambusto era un messaggio di Tupã.
In breve tutta la valle risuonò di grida disperate che chiedevano al dio Tupã di
ridare la vita al
curumin. Il dio si commosse e così parlò: "Seppellitelo con gli occhi aperti e irrorate la terra con le
lacrime: dai suoi occhi nascerà la pianta della vita che non vi abbandonerà più".
I
pajés (capi spirituali e stregoni) della tribù eseguirono subito e quel
lembo di terra fu bagnato dalle lacrime della tribù in veglia. Dopo quattro
lune ne nacque una pianta che, come un bambino birichino, cominciò ad arrampicarsi su tutto quello che trovava davanti, salendo sugli alberi
finché questi non diedero frutti. Gli indigeni raccolsero i grappoli e, gira
e rigira, decisero di sbucciare quei piccoli frutti.
La pianta riportò così felicità e prosperità alla tribù, e i vecchi saggi ancora
oggi ne confermano la leggenda: "il guaraná rafforza i deboli, conserva i
giovani e ringiovanisce i
vecchi".
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portugues) |
O guaraná è uma planta amazonica que cresce expontanea no norte do Brasil, Venezuela e Colombia. A etmologia da palavra
wara-nà deriva do Tupí e significa "árvore que se apoia em outra árvore". Para os cientistas este cipó se chama Paulinia Cupania. O guaraná é portanto uma trepadeira da familia das Sapindaceas que foi estudada pela primeira vez por Von Martius, em 1826. Tem frutos pequenos, redondos e vermelhos que contém sementes marrom escuro. E' uma planta robusta que pode chegar a ter 10 m de altura e, de fato, cresce apoiando-se às árvores que estão por perto, sem prejudicar o crescimento destas.
Os índios Maués foram os descobridores das suas propriedades terapeuticas e também do seu particular modo de usar. A preparação começava com a torrefação das frutinhas no fôrno, lentamente, depois eram moidas em grandes alguidares de madeira onde colocavam um pouco de água e preparavam uns pequenos bastões, que eram defumados para poderem ser conservados por mais tempo.
Pelas suas propriedades terapêuticas a Paullinia é considerada uma medicina das mais preciososas que a natureza fornece; produz bem-estar geral, refresca o organismo, aumenta a resistência aos esforços seja mental que muscular, produz maior rapidez de pensamento, retarda os sintomas do cansaço, dà força ao coração, depura o sangue e desintoxica o intestino.
De sabor amargo e levemente ácido, o Guaraná pode ser usado para prevenir e combater a diarreia e a prisão de ventre.. É muito usado também para prevenir os problemas da velhice; tratando-se de um excelente tonico geriatrico, auxilia no tratamento da arteriosclerose. Util nas depressões de origem nervosa, não provoca insonia nem agitação. É considerado também, levemente afrodisiaco.
Mas não se iludam, não se trata daquele vendido em garrafa, nos bares brasileiros. O verdadeiro, é aquele que se encontra em pó - amargo e não soluvel - ou em bastões, na Amazônia, principalmente. No caso dos bastões, tem que se usar a língua do pirarucú para poder ralar e o pó obtido deverá ser adicionado a um líquido antes de ser bebido.
Como era fácil de imaginar, neste caso, também, os índios inventaram uma própria lenda para explicar o aparecimento do "elixir da
vida"… na vida deles.
"Muitos anos atrás, vivia na tribo dos índios Maués - a mais próspera da Mundurucurucania - um casal sem filhos que pedia sempre a Tupã para completar a própria felicidade dando-lhes uma criança para criar.
As estaçõoes das chuvas passavam uma atrás da outra e as luas também, mas o filho não vinha e êles continuavam insistindo, até que um dia, Tupã, vendo que eram boas pessoas, resolveu acolher o pedido e fez nascer um lindo curumim.
à partir daí, tudo alí mudou para melhor. A tribo começou a achar que o próprio bem-estar era devido a presença deste curumim, e, assim sendo, dedicava-lhe as maiores atenções: quando ia pescar, a sua canoa era acompanhada por outras, com pescadores mais hábeis que o afastavam das águas infestadas de piranhas e jacares; quando ia caçar, os guias mais expertos o protegiam dos ninhos de aranha e das cobras venenosas.
Um dia, todavia, Juruparí - o espirito do mal- conseguiu eludir a vigilância e, transformando-se numa serpente venenosa, matou-o com uma mordida.
A triste notícia se espalhou imediatamente pela mata. Trovões ecoaram pela floresta e muitos relâmpagos cairam sobre a aldeia. A mãe da criança, que chorava desesperadamente, compreendeu que todo esse reboliço era uma mensagem de Tupã: isso queria dizer alguma coisa.
Os gritos alucinados dos índios que ecoavam pela floresta pediam a Tupã para ressucitar o curumim. Este se comoveu e disse: "enterrem-no com os olhos abertos e reguem a terra com lágrimas: dos seus olhos nascerá a planta da vida, que nunca mais vos abandonarà". (era um Tupã muito intelectual).
Os pagés fizeram imediatamente o que foi ordenado e aquele pedaço de terra foi molhado com as lágrimas de toda a tribo. Quatro luas depois, nasceu uma planta que, como uma criança brincalhona, começou a subir em tudo que encontrava pela frente; subiu, subiu, até que começou a dar frutos. Os índios recolheram os frutos e, depois de muito olharem aquelas bolinhas, decidiram descascá-las. Era como se tivessem nas mãos os olhos do curumim.
A planta realmente devolveu felicidade e prosperidade à tribo. Os velhos sábios, ainda hoje confirmam a lenda: o Guaraná reforça os fracos, conserva os jovens e rejuvenesce os velhos."
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